JUVENTUDES: SER JOVEM NA CONTEMPORANEIDADE E A PERSPECTIVA DA SUSTENTABILIDADE

Karla Lobo, Rebecca Silva, Jaqueline Gonçalves, Angela Lima, Veronica Nascimento

Resumo


O atual modelo de sociedade conceitua a Juventude geralmente de forma caricaturada baseada em aspectos negativos. Não é incomum a juventude ser representada como uma etapa da vida reconhecida por um ciclo crítico, de vivências ambíguas, seguindo uma lista de estigmas relacionados aos jovens assim definidos nos espaços sociais no Brasil, como um sujeito de conflito, para a crise, onde os jovens reproduzem os papéis sociais dos adultos. É neste sentido que se faz necessário compreender também o mundo adulto, este, onde os jovens também habitam, em tempos de consumo exacerbado, valores financistas e relações falidas. Contemporaneamente, a juventude como uma das idades da vida, denuncia e significa um tempo social e histórico através dos dados comportamentais dos jovens, reflexo das vivências dos sujeitos na atualidade sobre as contingências do ser moderno, a saber, dos modelos sustentáveis (ou não) destas relações. O presente trabalho discorre sobre as múltiplas formas e sentidos de ser juventude contemporânea, respectivas implicações dos estigmas e das ambiguidades relacionadas ao ser jovem, observados historicamente, nas relações sociais brasileiras, como também, como esta realidade interfere na percepção sobre o que é juventude, concomitante construção moderna, sobre a perspectiva da sustentabilidade. Optou-se pela realização de levantamento bibliográfico em referências sobre juventude, tendo como base as contribuições metodológicas de Teixeira (2008) e Gil (2009). Conclui-se que para saber da juventude é necessário refazer todos os passos caminhados da construção dos ideários sociais aos contemporâneos, da percepção do próprio jovem sobre si mesmo, ao que ele reflete sendo espelho do contexto social, político, econômico. Pois o jovem tem se mostrado para além do corpo e plasticidade dos desejos estéticos adultos em seus comportamentos, demonstram sim suas inquietações em demandas de melhoria de vida dos mesmos, no minimizar de conflitos existenciais e transformações sociais e de toda uma transformação geracional de cidadãos com o sentimento de respeito à diversidade, solidariedade, justiça social e inclusão socioeconômica e política, intervindo na solução dos problemas sociais, na perspectiva de reconhecer-se pertencente e fazedor de sua própria história.


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Última alteração
23/11/2012